não merece ser salvo."
(Millôr Fernandes)
A Pátria não se importa de ser "a outra" de José Mourinho. Ele é o homem da sua vida, e ele há tão poucos... Arrostará com todas as condições, todas as esperas em silêncio, todas as intermitências. Estará sempre aqui, por vezes contentando-se com um telefonema apressado entre dois jantares com a legítima: "Sim, também te amo. O guarda-redes que vá fazendo uns exercícios."
Sem ele, a Pátria sentir-se-á perdida, não há quem se lhe compare. Com ele, nem que seja por umas horas, sentir-se-á segura, triunfante, realizada. Venha quem vier. Por isso faz a estrada de Madrid, descalça e desgrenhada, e sobe a Castellana para se pôr à janela do amado. Fará o que for preciso para o ter. Mendigará uma palavra, uma atenção, uma lembrança, como se de pérolas se tratasse. E espera assim conquistar o mundo. O amor vence tudo.
O Homem virá, talvez, numa manhã de nevoeiro, apressadamente, para dar a táctica. Acaba sempre tudo na mesma em Portugal. Tudo isto é tão ridículo e indecoroso que só espero que não se saiba lá fora.
PS - A legítima é que parece não estar lá muito pelos ajustes. Felizmente - a bem da decência. Mas seja o que for que aconteça, já ninguém apaga o desconchavo.
PS - A legítima é que parece não estar lá muito pelos ajustes. Felizmente - a bem da decência. Mas seja o que for que aconteça, já ninguém apaga o desconchavo.
já que aqui é "a outra", que tal trocar a legitima pela não-original? voces já experimentaram uma vez e se deram bem, quem sabe se com um anão....
ResponderEliminarHã?
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarNilza: por erro, eliminei o seu comentário anterior. Mas ainda consegui recuperar o texto, que era este:
ResponderEliminar"Legitimo = portugues
não-original = brasileiro
experiência anterior = Scolari
anão = Dunga
Terapia da ironia."
Resposta minha:
É que neste caso a legítima é o Real Madrid, a quem Portugal queria pedir emprestado o Mourinho para treinar a selecção por dois jogos. E não me lembrava que o Dunga era anão...
(De Brasil e Portugal pode dizer-se o que Oscar Wilde dizia de Inglaterra e EUA: dois povos separados por uma língua comum.)
Mas me referi a nacionalidade do José Mourinho, por isso que disse legitimo, um portugues para a seleção portuguesa.
ResponderEliminarAnão sem a Branca de Neve.
Sempre digo que tenho muito receio em comentar blogs portugueses, dada a dubiedade da nossa lingua, tenho muito medo de ser mal interpretada ou ser inconveniente involuntariamente.
O senhor sabe, palavra dita, no caso escrita, não volta atrás...